Rituais Fúnebres
A morte é um processo natural da vida. Todos nós nascemos, vivemos e morremos.
São etapas do desenvolvimento humano, na qual todos vamos passar.
O cuidado e o respeito com o falecimento, são atitudes tomadas em todas as religiões.
As religiões e as culturas
O que muitas pessoas não sabem é que existem culturas, crenças e costumes que fazem diferentes tipos de rituais Fúnebres, onde elevam o zelo e preservam as tradições distintas e bastante curiosas.
Todas as religiões possuem as suas doutrinas e culturas. Cada uma delas têm a sua particularidade, no jeito de rezar, de cantar, o “tratamento” dos familiares e falecido, suas vestimentas no velório e no sepultamento, entre outros.
Abaixo listamos alguns tipos de rituais religiosos e as suas culturas usadas no dia do falecimento e após esta data. Vamos conhecê-los?
Catolicismo
No catolicismo grande parte dos rituais fúnebres são feitos de maneiras semelhantes.
O padre é chamado pela família para ir até o velório do ente querido, onde faz as orações e consolam os familiares.
Usam o incenso como sinal de veneração, a água “benta” para lembrar o batismo e as velas que significam que a luz é um sinal de Deus. O terço também é colocado sobre as mãos do falecido.
No catolicismo todos creem que entrarão na vida eterna.
Os amigos e familiares também costumam fazer uma oração, todos unidos.
Após o velório, vem o momento da despedida: o enterro.
Fazem o caminho com o ente querido, até a sepultura cantando louvores a Deus.
O clássico ritual fúnebre dos católicos é a missa de sétimo dia, celebrada para iluminar a alma do falecido. Para eles, o dia 02/11 é uma data especial: o Dia de Finados, em que os fiéis oram por todos os falecidos.
Budismo
No budismo, o corpo do falecido é colocado em um caixão, com um rosário budista enrolado sobre as mãos.
Orações são feitas, por um monge, familiares e amigos. Para eles, a morte é uma etapa de um longo processo evolutivo e não um fim definitivo.
As pessoas que ali estão, recitam textos sagrados em coro. Os visitantes também levam palavras de consolo para os parentes do falecido e oferecem dinheiro, para ajudá-los com as despesas do funeral.
Algumas subdivisões dos budistas oferecem alimento e água num altar, como símbolo de desapego do corpo físico.
Após sete dias da morte, familiares e amigos reúnem-se novamente para celebrar a memória do falecido.
Esses encontros acontecem de sete em sete dias, até o 49º encontro, completando sete reuniões.
No Brasil, o mais comum é realizar apenas a última reunião.
Judaísmo
O velório é o momento para exaltar as qualidades do ente querido, falando de suas bondades praticadas em vida, e fazer orações em favor de sua alma.
Velas são acesas ao lado do caixão, para que o espírito encontre um caminho iluminado.
A maior honra ao falecido, é oferecer donativos a entidades beneficentes em sua homenagem, o que traria conforto espiritual à sua alma diante de Deus.
A cerimônia é curta, de preferência no mesmo dia da morte. As mulheres cobrem a cabeça com um lenço e os homens com o quipá .
Ninguém deve puxar conversa, nem dar pêsames aos familiares do falecido: os judeus creem que nenhuma palavra pode expressar tamanha dor, então o melhor é ficar quieto nessa hora.
O caixão fica fechado, pois para a crença, expor o morto é desrespeito. Eles leem os salmos em voz alta.
Para os judeus o importante é lembrar-se da pessoa como era em vida.
O corpo nunca fica sozinho e os que ali estão, não comem, não bebem, não cantam e nem ouvem músicas.
O corpo deve ser sepultado em um caixão simples, sem ornamentos, apenas uma Estrela de Davi na parte superior, que leva também as iniciais do morto.
A cremação não é permitida em nenhuma circunstância no Judaísmo . A religião entende que o ato era originalmente um ritual pagão e a lei judaica proíbe a mutilação do corpo.
Candomblé
No candomblé, o ritual pós-morte acontece em etapas.
Primeiro, o corpo é preparado para que o espírito seja liberado da matéria. Essa etapa ocorre em uma casa de pai de santo.
Após esta preparação, acontece o velório, onde os cânticos pedem aos ancestrais para que recebam o novo espírito.
Os presentes usam roupas brancas e tiras de folha do dendezeiro, atadas nos braços como proteção. O morto é representado por um recipiente de barro virgem.
Depois do velório, o corpo é sepultado. Se a morte for de um pai ou mãe de santo, a cerimônia de louvação dura sete dias.
Após o enterro, seguem mais sete dias, onde a comunidade se reúne para entoar cantigas e rezas pela alma do irmão falecido.
Os objetos sagrados do morto são desfeitos, quebrados e despachados.